"...Tu és Santo, entronizado sobre os louvores de Israel."
Salmos 22:3
A música é, incontestavelmente, uma das linguagens universais; portanto, uma das incríveis manifestações de Deus. Sua existência se confunde com a deidade, que, de forma enigmática, eclodiu estrondosa e necessária em tempos mais do que pretéritos, como a origem de tudo que existe acima e abaixo das moradas celestiais. Daí, a noção basilar de que sem a música, a Criação, provavelmente, padeceria de uma melancolia eterna, o que não agradaria e nem tampouco estaria nos planos do Criador, ao executar a sua obra máxima, relatada no livro de Gênesis: a Terra e seu habitante ilustre, o Homem.
Cantem ao Senhor um novo cântico,
seu louvor desde os confins da terra,
vocês, que navegam no mar,
e tudo que nele existe,
vocês, ilhas, e todo os seus habitantes.
Isaías 42:10
É fascinante imaginar o cenário primevo, que instaurou todas as realidades, que se desdobraram a partir do evento inenarrável, que fora o ato divino da Criação, desde a suprema permanência de Deus, na linha da Eternidade; e, desse modo, representando o que sempre foi, o que é e o que sempre será, de forma inexorável. A visão do surgimento do universo, dos mundos, da terra; de toda a natureza, dos seres e do Homem, sob os acordes divinos, não deve ser compreendida como metáfora ou alucinação de quem investiga as Escrituras Sagradas em seus incontáveis enigmas; mas, antes, como um grande ensaio da Teopoética, que desvela, nos aparentes planos da mensagem teológica, os fatos e acontecimentos, que compuseram a história sobre Deus e de sua presença irrefutável na trajetória da Humanidade.
Aleluia! Louvai ao Senhor do alto dos céus, louvai-o nas alturas.
Louvai-o, todos os seus anjos: louvai-o, todas as legiões celestes.
Salmos 148:1-2
A música é inerente ao ser humano, e o mundo não existiria sem esta forma inexplicável e singular, que emergiu das densas cadeias da espiritualidade. Portanto, a conclusão é lógica: antes da existência de todas as coisas, a música, em sua cadência etérea, ressoava nas dimensões infinitas da suprema inteligência, que engendrou na Vida o movimento e o sentido de tudo que está nas escalas não - numeráveis dos multiversos. A despeito disso, indaga-se: qual teria sido o som da Criação? O silêncio que antecedeu os primórdios cedeu espaço para a grande pauta musical, onde Deus, arregimentando notas e acordes, e de uma forma harmônica e perfeita, orquestrou cada tom, cada semitom, nos diversos andamentos, allegro, adagio e andante, para além dos fôlegos cognoscíveis, para além dos mundos (im)pensáveis pela compreensão humana. O Altíssimo postulou pausas e prelúdios. Se a Humanidade herdou das altas e insondáveis vagas do Senhor dos Senhores uma das mais preciosas heranças, que é a música, é porque Deus, além dos anjos, incumbiu ao Homem para o verdadeiro exercício da Adoração e do Louvor. Os seres espirituais e o seres carnais, em planos distintos, formam o grande coro de reconhecimento e exaltação da magnificência, que é o poderoso Iavé - o Impronunciável - em sua musicalidade fausta e tremenda.
Pois o Senhor é grande
e muitíssimo digno de louvor,
ele deve ser mais temido
que todos os deuses.
1 Crônicas 16:25
A música que precedeu o Nada e o Tudo traz a assinatura do Eterno, que se confunde com os sons, e que, em tempos imemoriais, compuseram a essência dos primeiros seres a habitarem os céus: os Anjos. Em sua constituição ígnea, o fogo ardente do Espírito Santo aquecia, em vapores imensuráveis e incompreensíveis, para a inteligência humana, os sopros, que, em sua forma natural, foram as tempestades, as explosões, os terremotos, os maremotos; e toda a cadeia de fenômenos físicos e metafísicos, que deram a origem e o acabamento final da face bela, brilhante e incorruptível, no Caos, do planeta Terra: morada de todos os seres viventes; réplica celestial do paraíso, em patamares inferiores, até o advento do pecado. Arcanjos, serafins e querubins integravam o grande coro divino, que, eternamente, entoava cânticos de louvores ao Deus de toda Criação. Na terra, quando os filhos do Senhor aprenderam a arte de louvar, herdaram, também, dos anjos a Adoração, ato de fidelidade contínua, cujo som pode ser ouvido pelo Pai Maior, através dos hinos, dos clamores e, principalmente, das orações. Céus e terra proclamam a glória magnífica do Altíssimo, seja pelos sons da natureza - as brumas das águas oceânicas sendo arrebentadas nas rochas, na areia firme -, seja pelo canto infinito de milhares de pássaros, espalhados por todo mundo; seja pelo choro de um infante, ao nascer, mostrando que a vida apareceu em corpos sendo desvirginados pelo ar; seja pelo canto agudo da cigarra anunciando verões implacáveis! Os seres que Deus criou cantam das mais diversas maneiras. A vida não eclode em silêncio, mas em música; música que, sinestesicamente, pode ser perfume, aroma agradável, que sobe como oferta dadivosa para o Senhor dos Senhores.
Seja Ele o motivo do seu louvor, pois Ele é o seu Deus, o que por vocês fez grandes e temíveis maravilhas que vocês viram com os seus próprios olhos.
Elo perfeito entre as criaturas e o Criador, a música é a verdadeira aliança, que religa o visível ao invisível e o invisível ao visível; uma cadeia fantástica, virtuosa, alimentando e se retroalimentando, mutuamente. Em sons universais, o Pai Nosso, que está nos céus, através de suas misericórdias, acolhe todos que reconhecem sua grandeza em proteção e bênçãos. Ao inclinar seus ouvidos aos clamores e orações dos homens, Deus concede a dádiva de semear em cada coração, em cada existência, a semente promissora de dias cada vez melhores, e, também, longevos; e isto é canção! Entoada pelo Altíssimo, a melodia que não vemos, mas que atravessa nossos poros envasados, repercute e vibra nossa alma, que, em consonância com a espiritualidade, promove a verdadeira comunhão, que une céus e terra em espaços singulares. A música é a autora da adoração, que todos protagonizam (e que devem fazê-lo sempre!) quando se prostram diante da presença augusta de Deus. Sem adoração, música alguma teria sentido abaixo do firmamento, e a renovação diária, que o Espírito Santo realiza na vida daqueles que têm fé, desvaneceria. A música está na frequência modulada da fé; e a rádio FM da Fé tem um endereço inconfundível - o coração. Portanto, o verdadeiro louvor deve brotar do interior de cada um, pois adorar a Deus não se limita louvá-Lo apenas com os lábios, mas com o coração, que promove a harmonia, que deve existir entre os adoradores e o Adorado. Este coração não é apenas o órgão que está no mediastino; não é somente o músculo que bombeia o sangue para todo o corpo; mas, antes, é o que está cravado na alma de cada um, cujas batidas são mais do que a percussão dos tambores angelicais, são mais do que os címbalos vivos e dourados. Corpo, alma e coração formam o tripé da Adoração, que, modulada com a fé, eleva para os lugares mais cimeiros a melodia pura, a canção leve e a música santificada. Geminados e concebidos para contemplar a face do Pai, que recebe a oferta diária de seus filhos e filhas, a oração e o louvor se confundem; se fundem para se irmanarem na força que sustenta as cadeias espirituais, para além da compreensão de todos que foram marcados com o símbolo da morte até o advento da glória da segunda casa, quando outras canções serão entoadas e a música da Eternidade soará e ressoará para sempre, e toda a terra louvará, com lábios espirituais, o regozijante cântico da vitória.
"Amém! Louvor e glória,
Louvai ao Senhor. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-O no firmamento do seu poder.
Nota:
*Ruach é a forma transliterada da palavra hebraica espírito.
A música está em todos os lugares. A música precede a existência de todos os seres viventes. Do pulsar de uma estrela à batida de um coração, os sons naturais rufam esplendorosamente em tambores perfeitos; das tempestades solares às chuvas que regam os campos na terra, melodias, singulares e plurais, são ouvidas, cada qual em seu ritmo, cadeia, escala e natureza! Os ventos assoviam nos pulmões invisíveis da Criação, e a canção do Espírito Santo, que é fogo invisível, ao crepitar suas labaredas poderosas e temíveis, ecoa, em modo terrífico, abrasando sons de destruição ou de purificação: é o rito permanente e imutável do Sagrado! Há música por todos os lados: presentes nos quatro elementos naturais, que sustentam a obra da Criação, onde a forma e a substância, harmônicas como a música, conferiram o sentido misterioso de tudo que existe no mundo natural e para além dele. O Fiat Lux, indubitavelmente, fora o primeiro verso de uma canção, que ainda não teve o seu final escrito e/ou executado, e a voz do Altíssimo, em tremores retumbantes, que varreram a Eternidade, fez sangrar o ventre do Universo para que os mundos, segundo sua excelsa vontade, fossem criados. Em sua hedionda presença, servindo-O, com glória e majestade, miríades e miríades de anjos, louvam, com brados refulgentes e gloriosos, anunciando, para todo o sempre, o primado da Luz e sua canção de amor e perfeição. Após a orquestra de luz introduzir o movimento inicial da melodia da Criação, o ser que nasceu do barro e que recebera nas narinas o fôlego da vida - RUACH* - tornou-se o Adorador primo nas esferas infinitas da espiritualidade. Seu cântico de agradecimento transformou a música imponderável do Senhor dos Exércitos em louvores (mais do que) altissonantes.
Bendigam o nosso Deus, ó povos,
façam ressoar o som do seu louvor...
Salmos 66:8
A música que precedeu o Nada e o Tudo traz a assinatura do Eterno, que se confunde com os sons, e que, em tempos imemoriais, compuseram a essência dos primeiros seres a habitarem os céus: os Anjos. Em sua constituição ígnea, o fogo ardente do Espírito Santo aquecia, em vapores imensuráveis e incompreensíveis, para a inteligência humana, os sopros, que, em sua forma natural, foram as tempestades, as explosões, os terremotos, os maremotos; e toda a cadeia de fenômenos físicos e metafísicos, que deram a origem e o acabamento final da face bela, brilhante e incorruptível, no Caos, do planeta Terra: morada de todos os seres viventes; réplica celestial do paraíso, em patamares inferiores, até o advento do pecado. Arcanjos, serafins e querubins integravam o grande coro divino, que, eternamente, entoava cânticos de louvores ao Deus de toda Criação. Na terra, quando os filhos do Senhor aprenderam a arte de louvar, herdaram, também, dos anjos a Adoração, ato de fidelidade contínua, cujo som pode ser ouvido pelo Pai Maior, através dos hinos, dos clamores e, principalmente, das orações. Céus e terra proclamam a glória magnífica do Altíssimo, seja pelos sons da natureza - as brumas das águas oceânicas sendo arrebentadas nas rochas, na areia firme -, seja pelo canto infinito de milhares de pássaros, espalhados por todo mundo; seja pelo choro de um infante, ao nascer, mostrando que a vida apareceu em corpos sendo desvirginados pelo ar; seja pelo canto agudo da cigarra anunciando verões implacáveis! Os seres que Deus criou cantam das mais diversas maneiras. A vida não eclode em silêncio, mas em música; música que, sinestesicamente, pode ser perfume, aroma agradável, que sobe como oferta dadivosa para o Senhor dos Senhores.
Seja Ele o motivo do seu louvor, pois Ele é o seu Deus, o que por vocês fez grandes e temíveis maravilhas que vocês viram com os seus próprios olhos.
Deuteronômio 10:21
Dos aplausos ao assovio do vento; das águas em queda livre das cachoeiras à complexa comunicação entre os cetáceos, que se dá, também, através de sons fantásticos, Deus está presente em uma de suas múltiplas formas, que é a música. Deus é música porque compreendê-Lo, em sua infinitude, reconhecê-Lo como único, acima e abaixo do firmamento - o Alfa e o Ômega -, e, principalmente, entronizá-Lo como centro emanador de todas as forças terrenas e cosmogônicas, é ter consciência de que sua canção, o hálito que dá sentido à vida de todos os seres, de todas as entidades e de todas as coisas, que existem, consciente e inconscientemente, em todos os planos da Criação, não terá fim, jamais. Sem canção, tudo caminha, inevitavelmente, à inércia; à morte, que consome todos, transformando filhos, filhas e criaturas em pó; na poeira estelar, que um dia, ontologicamente, foi, não é e não será nunca mais A canção do silêncio recolhe as notas musicais, desfaz as pautas e adormece os instrumentos. No entanto, a música continua em altiplanos não - visíveis por todos que são marcados pelo traço de finitude. A música que antecede a existência humana também continua a ressoar pelos espaços indecifráveis e inalcançáveis. Em ondas inaudíveis, é sombra do Espírito Santo que está em todos os lugares; onipresentemente musical. Deus legou à Humanidade, talvez, o mais belo dos segredos, pois a música, como parte integrante na história das gerações e gerações, que passaram pela terra, desde o conhecimento da Verdade, é filha do fogo purificador da deidade, que burilou a moldura que ornamenta a Criação. O louvor está em todos os lugares, pois a natureza, em sua sabedoria misteriosa, eleva seus cânticos belos, eternos e singulares aos ouvidos do todo poderoso Deus. Homens, mulheres, crianças e anciães entoam cânticos de louvor e adoração ao Altíssimo, pois todos são instrumentos vivos para que o Espírito Santo habite em milhares de templos de carne e osso e comungue, coletivamente, da melodia - mor, entre todas: a música do Amor.
"...falando entre vocês com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor..."
Efésisos 5:19
"Amém! Louvor e glória,
sabedoria, ação de graças,
honra, poder e força
sejam ao nosso Deus
para todo o sempre.
Amém!"
Apocalipse 7:12
Louvai ao Senhor. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-O no firmamento do seu poder.
Louvai-O pelos seus atos poderosos; louvai-O conforme a excelência da sua grandeza.
Louvai-O com o som de trombeta; louvai-O com o saltério e a harpa.
louvai-O com o tamborim e a dança, louvai-O com instrumentos de cordas e órgãos.
Louvai-O com címbalos sonoros; louvai ao Senhor.
Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor.
Salmos 150:1-6
Nota:
*Ruach é a forma transliterada da palavra hebraica espírito.